A insônia comportamental é a forma de insônia mais comum na infância. É quando a criança apresenta dificuldade para iniciar e/ou manter o sono. Pode ser dividida em Distúrbio de Associação e Distúrbio de Falta de Limites, ou também com associação desses dois tipos.
É um diagnóstico de exclusão e se realiza investigação para afastar condições clinicas ou outros distúrbios do sono. As causas clínicas mais frequentes que podem alterar o sono são: Síndromes Álgicas, como cólicas do lactente e otite de repetição. Outras causas, como o refluxo gastroesofágico, uso de medicamentos estimulantes, crise de asma e hipertrofia de adenoides.
Para manejo adequado na investigação da insônia solicitamos aos familiares a elaboração de um diário do sono por duas semanas e solicita-se que anote: o horário que a criança foi para cama, tempo que ela levou para adormecer, frequência e duração dos despertares noturnos, horário que a criança acordou pela manhã, tempo total de sono e duração e horários das sonecas diurnas.
De acordo com a Academia Americana de Medicina do Sono, os critérios diagnósticos para Distúrbio de Associação são:
A- Adormecer é processo lento e requer condições especiais.
B- Requerem muito esforço no início do sono, sono atrasado ou fragmentado.
C- Os despertares noturnos requerem intervenções do cuidador para que a criança retorne a adormecer.
No distúrbio da falta de limites: há dificuldade de iniciar ou manter o sono e protela ou recusa a ir para cama no horário apropriado.
Independente da causa da insônia na criança, haverá impacto negativo no comportamento e na função normal da criança e seus responsáveis. Poderá levar à fadiga, irritabilidade e hiperatividade. E nos pais levam à privação do sono, falta de concentração, depressão, sentimentos negativos para com as crianças.
O tratamento deverá ser realizado com acompanhamento médico e adotar medidas de higiene do sono. A rotina é necessária tanto para dormir como para as atividades diurnas (lazer, alimentação e banho). As rotinas são muito importantes para a vida da criança. O tratamento medicamentoso será decidido se o pediatra julgar necessário. Converse com o pediatra do seu filho.