A cefaleia, comumente chamada de “dor de cabeça”, pode se manifestar de várias formas, variando de intensidade e frequência.
O tipo mais comum e que atinge uma grande parcela da população são aquelas com quadros disfuncionais, classificadas como primárias. Podem ser conceituadas como crônicas, de apresentação episódica ou contínua, de etiologia ainda desconhecida, como por exemplo a cefaleia tensional crônica e a enxaqueca. Essas podem apresentar grande piora devido ao estilo de vida do paciente, por exemplo:
•Má alimentação
•Sedentarismo
•Situações estressantes e tensões do dia a dia.
Apesar de não ter como causa nenhuma outra doença, esse tipo de cefaleia pode interferir de forma crítica na qualidade de vida do paciente. A boa notícia é que através de uma investigação clínica e de um tratamento individualizado podemos reduzir ou até mesmo extinguir esses episódios de crise.
Porém, para alcançarmos resultados satisfatórios, a investigação deve ser feita pelo médico de forma criteriosa para que o tratamento seja assertivo. Existem hoje, bem definidos, mais de 100 tipos de cefaleia, e o tipo de cefaleia é apenas o início do caminho. Deve ser analisada a apresentação clínica da mesma, como por exemplo no caso das enxaquecas e suas diversas formas clínicas. Vide tabela I.
Tabela I - Formas clínicas de enxaqueca
ENXAQUECA
■ Enxaqueca sem aura
■ Enxaqueca com aura
- Enxaqueca com aura típica
- Enxaqueca com aura prolongada
- Enxaqueca hemiplégica familiar
- Enxaqueca basilar
- Enxaqueca com aura sem cefaleia
- Enxaqueca com instação súbita
■ Enxaqueca oftalmoplégica
■ Enxaqueca retiniana
■ Síndromes periódicas da infância que podem ser precursoras de ou associadas com enxaqueca
- Vertigem paroxística benigna da infância
- Hemiplegia alternante da infância
■ Complicações da enxaqueca
- Estado enxaquecoso
- Infarto enxaquecoso
■ Desordem enxaquecosa, não preenchendo os critérios anteriores
Atenção: existem também as cefaleias relacionadas a patologias estruturais nervosas ou extra-nervosas (processos expansivos intracranianos, meningoencefalites, sinusopatias), sistêmicas (estados infecciosos, lúpus eritematoso sistêmico, etc.). Estas classificamos como cefaleias secundárias, cuja causa está relacionada a uma doença, por exemplo: tumores, aneurismas, infecções, entre outros. Apenas por meio da avaliação clínica de um especialista, associada a exames laboratoriais e de imagem, é possível diagnosticar com maior precisão a causa e determinar qual o melhor tratamento.