Daniele Ramirez
- nutricionista CRN7 - 7102
CENTRO DE ESTÉTICA CORPO E IMAGEM
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Cacoal-RO
Nutrição e doenças autoimunes
Uma das principais tarefas do sistema imunológico é a distinção entre o que pertence ao corpo e o que não pertence. Materiais, como vírus e bactérias, precisam ser identificados e destruídos antes que eles causem alguma doença. Já as substâncias que fazem parte do seu corpo precisam ser preservadas.
Em doenças autoimunes, a identificação por parte do sistema imunológico falha, e com isso ataca seu próprio corpo como se fosse um invasor, resultado de uma resposta imunológica programada, tendo como causas principais a predisposição genética, gatilhos ambientais e permeabilidade da parede intestinal.
A maior ligação entre a dieta moderna e a autoimunidade é o intestino permeável; a parede do intestino funciona como uma barreira que tem a função de regular o que passa entre o intestino e o corpo, e com isso certificar que os nutrientes certos passem para a corrente sanguínea, enquanto todo resto fica de fora; toxinas alimentares, especialmente o glúten, desequilibram essa barreira e facilitam a entrada de partículas que deveriam ficar de fora.
No entanto, assim que essas partículas entram na corrente sanguínea, o nosso sistema imunológico percebe que elas não deveriam estar ali e começa a atacá-las.
As proteínas que conseguem permear a parede do intestino, muitas vezes se parecem com as proteínas que fazem parte do seu próprio corpo (mimetismo molecular). Então, quando o sistema imunológico monta uma defesa contra elas, pode acabar atacando suas próprias células também.
Estudos documentam os efeitos de mudanças alimentares e suplementos nutricionais em doenças autoimunes. Dietas com pouca gordura e isentas de glúten, além da suplementação de ômega 3, podem auxiliar pessoas com lúpus, esclerose múltipla, esclerodermia e artrite reumatoide.
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