Fibrilação atrial é uma arritmia que tem a prevalência de 1,5 a 2,0% da população que pode ter como sintomas palpitação ou em alguns casos ser assintomática. É importante do ponto de vista clínico e cardiológico pelo fato de estar associada a um aumento de cinco vezes de acidente vascular encefálico (derrame cerebral) e aumento três vezes nos casos de insuficiência cardíaca (coração fraco e grande).
Pacientes com fatores de risco, como idade, hipertensão, diabete, infarto prévio, insuficiência cardíaca, hipertireoidismo, história familiar, entre outros, têm maior chance de desenvolver a fibrilação arterial.
Pela associação da fibrilação arterial com a idade, o último guideline da Sociedade Europeia de Cardiologia orienta que seja feito um eletrocardiograma em todos os pacientes que se consultam com mais de 65 anos, mesmo sem sintomas, como triagem desta arritmia, pois alguns pacientes são assintomáticos.
Para pacientes que tenham fibrilação atrial crônica, existe um escore de risco para AVE (acidente vascular encefálico), levando-se em conta idade, hipertensão, insuficiência cardíaca, diabete melittus, AVE pregresso, vasculopatia e sexo feminino.
Paciente com fatores de risco devem ser anticoagulados com marevam, e em casos selecionados, com novos anticoagulantes, como dabigatrana, rivaroxabana ou apixaban.
Porém, pacientes com trombo na cavidade cardíaca, valva artificial metálica, insuficiência renal grave (cc < 15) ou fibrilação atrial valvar (estenose mitral reumática), só podem ser anticoagulados com marevan, uma medicação que exige controle por exames mensais que medem o grau de antiocagulação.
Portanto, se você tem mais de 65 anos, deve procurar um cardiologista de rotina para que este o avalie com eletrocardiograma e descarte que você eventualmente possa ter uma fibrilação assintomática.