Dr. Flavio Pierette Ferrari
CRM/RO 2415 / RQE 1287
- especialista em Alergologia pela ASBAI
- Mestre em Pediatria pela UFPR com área de concentração em Alergologia Pediátrica pela UFPR
NEOMED
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Cacoal-RO
A sinusite bacteriana aguda (SBA) é uma complicação comum que pode ocorrer após uma infecção de via aérea superior de origem viral ou na vigência de quadro inflamatório alérgico. Cerca de 6 a 7% das crianças levadas a atendimento médico com sintomas respiratórios apresentam SBA. A maior parte das IVAS pode causar febre e sintomas constitucionais, como cefaleia e mialgia nas primeiras 24 a 48 horas, quando os sintomas respiratórios passam a ficar mais proeminentes. A maioria das IVAS não dura mais que 5 a 7 dias, sendo o pico dos sintomas respiratórios entre o 3º e o 6º dias, quando passam a melhorar. Em alguns casos, os sintomas podem durar mais de 10 dias. Cefaleia, dispneia e fadiga não são específicos pra sinusite aguda.
Portanto, o diagnóstico de sinusite aguda pode ser feito de forma presuntiva quando uma criança com infecção de vias aéreas superiores (IVAS) se apresenta com quadro de rinorreia (secreção nasal) de qualquer aspecto e/ou tosse diurna, ou ambos, persistente por > 10 dias sem melhora; OU piora dos sintomas de uma IVAS, isto é, piora ou início de rinorreia, tosse diurna ou febre após ter havido melhora inicial; OU início grave, isto é, febre (temperatura = 39 °C) com secreção nasal purulenta com duração de pelo menos 3 dias.
Os achados de exame físico não são úteis para diferenciar uma sinusite de uma IVAS não complicada, incluindo percussão de seios da face. Não deve ser realizado exame de imagem (radiografia simples, tomografia, ressonância) para fazer diagnóstico diferencial de sinusite aguda e IVAS não complicada. Além de não ser necessário para o diagnóstico, RX de seios da face tem muito pouco valor em crianças abaixo de 6 anos. E tanto RX como tomografia podem mostrar sinusite viral nos dias iniciais da infecção, não sendo exames que diferenciem infecção bacteriana de viral;
O uso de antibióticos está indicado em crianças com sinusite grave ou com piora de sintomas; observação domiciliar por pelo menos 3 dias antes de introduzir antibiótico pode ser considerado para os pacientes com doença persistente.
A duração da terapia nunca foi avaliada de forma adequada em estudos. Recomenda-se um mínimo de 10 dias (podendo chegar a 28 dias no total, conforme decisão médica). Uma estratégia para individualizar o tratamento é manter o antibiótico por 7 dias após resolução dos sintomas. O paciente deve ser reavaliado após as primeiras 72 horas de tratamento para confirmar melhora clínica. Em caso de piora dos sintomas ou ausência completa de sinais de melhora, deve-se trocar o antibiótico caso já esteja em uso ou iniciar antibióticos caso a conduta inicial tenha sido de observação clínica.
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