É garantia legal a reconstrução de mama pós-câncer para pacientes mastectomizadas (que retiraram a mama), de acordo com a Lei 12.802/13, assinada pela presidente Dilma Rousseff. Porém, toda paciente é candidata a uma reconstrução, imediata ou tardia? Como tudo em se tratando de vidas humanas, a situação varia de pessoa a pessoa.
Pacientes com câncer avançado, no início do diagnóstico não podem ser reconstruídas imediatamente, no dia da cirurgia, uma vez que o câncer necessita ser adequadamente tratado para que a reconstrução seja um sucesso. Portanto, a reconstrução tardia é o ideal, após o tratamento.
Pacientes com condições cirúrgicas delicadas não se beneficiam de reconstrução, nem imediata, nem tardia, pois o tempo cirúrgico é longo, pondo em risco a saúde e a vida da mulher. Em geral, são pacientes portadoras de alguma outra doença que prejudique o ato cirúrgico, ou são pacientes muito idosas.
A paciente ideal para a uma reconstrução imediata é aquela que possui tumores de baixa agressividade, totalmente ressecáveis por cirurgia, com pele suficiente para cobrir a prótese e que, preferencialmente, não sejam candidatas a realizar radioterapia como tratamento oncológico. Como são poucas as pacientes com essas características, este é o motivo de tão poucas reconstruções imediatas em cirurgias oncológicas.
Entendemos que a perda da mama constitui um sofrimento físico e psicológico para a mulher, pois a mesma representa sua beleza, feminilidade e maternidade. Porém, o primeiro objetivo de uma cirurgia de câncer é a garantia da vida, resgate da saúde e a busca de possível cura para a doença. O resgate do corpo e da autoestima da mulher é uma certeza que podemos oferecer assim que os objetivos acima puderem ser atingidos.
Lembramos às mulheres que não deixem de lutar por seus direitos e busquem orientação com seus médicos assistentes sobre este assunto, quando e qual o melhor meio de se submeter à reconstrução mamária em caso de mastectomia por câncer.
Consulte um especialista.