Dr. Flavio Pierette Ferrari
CRM/RO 2415 / RQE 1287
- especialista em Alergologia pela ASBAI
- Mestre em Pediatria pela UFPR com área de concentração em Alergologia
Pediátrica pela UFPR
NEOMED
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Cacoal-RO
Atualizando as condutas em alergia alimentar
A Alergia Alimentar (AA) é uma das condições clínicas que mais têm aumentado nos últimos anos, em todo o mundo. Mas também tem aumentado proporcionalmente o super diagnóstico, e muitas pessoas sem alergia alimentar comprovada estão sendo submetidas a dieta de restrições sem a necessária confirmação. Acaba de ser publicado o Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar 2018, uma publicação conjunta da Sociedade Brasileira de Pediatria e Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, documento científico que pretende orientar os profissionais médicos na investigação e nas condutas adequadas para casos suspeitos. Esse documento atualiza o consenso anterior, de 2007, principalmente no entendimento de várias manifestações clínicas de AA, particularmente na Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV). Alguns princípios, entretanto, permanecem inalterados. Talvez o principal deles seja a orientação de não se fazer diagnóstico (e muito menos dietas restritivas) baseado apenas nas dosagens de IgE específica, particularmente se estas forem em valores baixos. Excetuados os casos de reação grave, como anafilaxia, e com história de causa e efeito bem clara (relação direta e rápida entre ingestão e início dos sintomas), todas as demais situações, as mais comuns no dia a dia, necessitam complementação na investigação, principalmente os Testes de Provocação Oral, programados e acompanhados pelo médico responsável. Essa orientação vale mais ainda para sintomas isolados que muito raramente são causados por alergia alimentar, como rinite e conjuntivite. Quem atende pacientes com essas condições, particularmente crianças, deve ser muito criterioso antes de suspender qualquer alimento, particularmente o leite de vaca e seus derivados em crianças pequenas. E sempre lembrando que, se a suspeita é de reações alérgicas clássicas, como anafilaxia, urticárias e manifestações respiratórias, IgE negativa praticamente exclui esse diagnóstico. Esse consenso merece ser lido por todos os médicos que têm na sua prática a oportunidade de suspeitar de alergia alimentar.
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