Não importa onde você vá, eles estarão sempre prontos para lhe abordar. Os pedidos podem vir das mais variadas formas, mas o objetivo é um só: sobreviver nas ruas em troca de doações e esmolas.
A campanha "Não dê esmolas, dê cidadania" é uma iniciativa dos empresários de Cacoal, impulsionada pelo empresário Cledivaldo Scaramuzza (Restaurante El Sossego) em parceria com a Secretaria Municipal de Ação Social e Trabalho – SEMAST. O objetivo desta campanha é "orientar a sociedade civil e comerciantes a respeito dos efeitos causados pela doação de esmolas a pedintes, destacar os direitos das pessoas em situação de rua e esclarecer sobre os serviços ofertados pela SEMAST para o resgate da cidadania e propostas de vida mais digna para sair da mendicância.
"O ato de dar esmolas, a princípio aparenta um gesto de solidariedade e generosidade. No entanto, deve ser evitado porque colabora para a permanência das pessoas nas ruas e cria a ilusão de que é possível viver através da mendicância".
O empresário Cledivaldo Scaramuzza reforça: "A esmola vicia. Por causa dela, muitas pessoas não se dispõem a trabalhar. Essas pessoas sabem que sempre haverá alguém que lhes dê algum dinheiro, ou um pouco de comida. É certo que, no momento em que recebe uma esmola, é oportunidade de comer alguma coisa por não estarem inclusas em algum projeto social. É verdade ainda que, na situação atual, negar algum dinheiro ou comida é um ato de insensibilidade, pois sabe-se que nossos governantes não garantem a todos os direitos mais básicos. Portanto, é compreensível que tantos defendam a doação de esmolas. No entanto, não é com ajuda temporária que se vai resolver o problema do indigente. Antes de mais nada, ao receber uma esmola, o necessitado passa a depender da vontade de quem dá ou administra, em vez de ter garantido o direito de prover sozinho suas necessidades básicas. Além disso, a administração da esmola não tem critérios objetivos: dá-se a quem se vê, a quem está mais perto, nem sempre a quem mais necessita. A participação efetiva da população gera mudanças que podem ajudar no desenvolvimento da autonomia dos moradores de rua, apontando o atendimento assistencial como um auxílio correto ao invés de dar esmola", conclui Cledivaldo Scaramuzza.
Esmola explora crianças e adolescentes, destrói a cidadania, a dignidade e a esperança, financia delinquência, vícios e contribui para a violência. Dê oportunidade, AJUDE DE VERDADE. Informe a SEMAST. Sua participação é de fundamental importância!