Capela de São Miguel
A capela original remonta provavelmente ao séc. XI, construída após a conquista da cidade aos Mouros em 1064, logo, anterior à fundação de Portugal. É dedicada a São Miguel, como todas as Capelas Reais Portuguesas, devido ao seu papel (religioso) na derrota das forças do Mal. A atual configuração resulta da renovação do séc. XVI sob o patrocínio de D. Manuel I, cujo estilo decorativo tem a sua marca patente no portal lateral, um dos mais simples e belos do seu género. A decoração interior foi realizada ao longo dos sécs. XVII e XVIII e encerra em si obras de artistas como Simão Rodrigues, Simão Ferreira, Joaquim Bernardes e Francisco Ferreira Araújo. Sobressai no conjunto da Capela o majestoso órgão de 1733, autoria de Frei Manuel de S. Bento, que continua a ser utilizado nos nossos dias. Atualmente a Capela de São Miguel continua a ser usada para o culto: aos domingos é celebrada Missa das 12:00 às 13:00; também é possível a utilização da Capela para a realização de casamentos e outras cerimónias, contudo estas são restritas a pessoas ligadas, ou que estiveram ligadas à Universidade.
Sala dos Capelos
A Sala dos Grandes Atos, conhecida mais como Sala dos Capelos, é a principal sala da Universidade e local onde se realizam as principais cerimónias académicas; é também o local por excelência da realização das provas doutorais dos doutorandos da Universidade de Coimbra. Foi a primeira Sala do Trono de Portugal. Teve lugar aqui, entre março e abril de 1385, a reunião das Cortes que determinaram a aclamação de D. João, o Mestre de Avis, Rei de Portugal. A sua atual configuração, do séc. XVII, é marcada pela ausência de qualquer referência aos monarcas espanhóis que governaram o reino entre 1580 e 1640, reflexo do enorme apoio político e ideológico da instituição a D. João IV.
Fonte: uc.pt
Sala das Armas
A Sala das Armas (Sala dos Archeiros) alberga as armas (alabardas) da extinta Guarda Real Académica, que tinha como função a guarda dos espaços da Universidade. Estas armas são utilizadas pelos Archeiros – herdeiros do corpo de guarda original - apenas nas cerimónias acadêmicas solenes: Doutoramentos solenes e Honoris causa, Investidura do Reitor, Abertura Solene das Aulas.
Sala do Exame Privado
A Sala do Exame Privado, antigos aposentos do rei, era o local onde os licenciados realizavam as suas provas a Doutores. A prova consistia num exame oral privado, feita a porta fechada e a noite. A sua exigência era tal que a sua memória se manteve após o seu fim, com a Reforma Pombalina, na década de 70 do séc. XVIII. A sua atual disposição data das grandes obras da Universidade, no início do séc. XVIII.
Torre da Universidade
O relógio desempenhava um papel fulcral no quotidiano universitário. Por ele se pautava todo o funcionamento da instituição. O atual, datado de 1866-67, é o último de uma longa série de relógios. Do mesmo modo, esta torre vem substituir, em 1728, aquela que até então exercera idênticas funções. Segundo os estatutos velhos, o relógio da Universidade devia andar meio quarto de hora atrasado em relação ao relógio da cidade. Dos quatro sinos que se abrigam na torre, o mais conhecido é o que ocupa a face voltada para o rio, e a que é dado desde há muito o nome de cabra. Ainda hoje este sino se faz ouvir, ao fim da tarde, e no dia seguinte, se for letivo. Da mesma forma, a partir das sete e trinta da manhã, ouve-se de novo o seu tocar, acompanhado agora por outro sino. A este, por ter maiores dimensões e um som mais grave, a gíria estudantil dá-lhe um nome idêntico a cabra, mas em grau aumentativo. Hoje, como no passado, os sinos também convocam a comunidade acadêmica para os atos solenes realizados na Sala Grande, do mesmo modo que dobram em tom fúnebre pela morte de um professor.
Porta Férrea
Compreensivelmente, no segundo terço do século XVII – quando as preocupações com a segurança tinham perdido relevância e as próprias torres da cerca da cidade, de há muito, tinham sido convertidas em habitações – levantou-se a Porta Férrea, cuja iconografia adota linguagem claramente universitária. A entrada e o exterior da Porta Férrea são coroados pela figura da Sapiência – a insígnia da Universidade, que figura também no empedrado do passeio que antecede a entrada. Logo abaixo da Sapiência surgem, em posição central – um no interior e outro no exterior – os dois reis que marcaram a história da instituição: no exterior, D. João III, cuja estátua se encontra no pátio, e no interior da Porta Férrea, D. Dinis, o fundador da Universidade. Lateralmente, estão representadas as faculdades maiores: no lado exterior, Leis e Medicina e, na face interior, Teologia e Cânones.
O Paço Real era o local destinado aos aposentos do Rei de Portugal, quando em Coimbra. É neste espaço que se encontram os locais mais emblemáticos do quotidiano da Universidade, mas também tiveram lugar aqui momentos chave da História de Portugal.
Biblioteca Joanina
Construída entre os anos de 1717 e 1728, é um dos expoentes do barroco português e uma das mais ricas bibliotecas europeias. Ficou conhecida como Biblioteca Joanina em honra e memória do Rei D. João V (1707-1750), que patrocinou a sua construção e cujo retrato, da autoria de Domenico Duprà (1725), domina categoricamente o espaço. É composta por três pisos: o Piso Nobre, espaço ricamente decorado, a face mais emblemática da Casa da Livraria; o Piso Intermédio, local de trabalho e funcionou como casa da Guarda; e a Prisão Académica, que de 1773 até 1834 foi o local de clausura dos estudantes. O Piso Nobre, terminado em 1728, começou a receber os primeiros livros depois de 1750, e atualmente o seu acervo é composto por cerca de 40.000 volumes. Toda a sua construção visa a conservação do acervo bibliográfico, desde a largura das paredes exteriores às madeiras no interior. Ainda no auxílio à preservação dos livros, existem duas pequenas colônias de morcegos que protegem as coleções de insetos bibliófagos. Foi utilizado como local de estudo desde 1777 até meados do séc. XX, quando entrou em funcionamento a atual Biblioteca Geral.
Museu da Ciência
O Museu da Ciência da Universidade de Coimbra é um museu interativo de ciência que procura disponibilizar a ciência a públicos de todas as idades, a partir das coleções de instrumentos científicos da Universidade de Coimbra e de um conjunto de experiências e atividades que envolvem o visitante. Mantém uma atividade muito diversificada, entre exposições temporárias, visitas guiadas, conversas com cientistas e ateliers, que têm tido um excelente e crescente acolhimento na sociedade portuguesa.
Em visita a Portugal
- Rondônia na Universidade de Coimbra
O ápice da nossa viagem a Portugal no mês de março foi a visita aos principais departamentos da Universidade de Coimbra, sob a batuta do guia Sérgio Flores. Em seguida, fomos muito bem recebidos na belíssima Sala do Senado pela vice-reitora da Cultura e Comunicação, professora Dra. Clara Almeida Santos, que reiterou apoio ao nosso projeto. A abertura de levar um pouco de Rondônia para Portugal veio em consequência da recente conquista do selo ISSN pela revista Ponto E (International Standard Serial Number), sigla em inglês para Número Internacional Normalizado para Publicações Seriadas. O selo identifica e cataloga publicações seriadas, como revistas e periódicos, desde 1971, com mais de 1 milhão de registros no mundo, o que passou a conferir à Ponto E um número de identidade na Biblioteca Mundial (2525-5231). Rompendo fronteiras, a Ponto E abre oportunidade para que o potencial de acadêmicos e profissionais de Rondônia alcance formadores de opinião do mundo todo, outorgando a cada publicação um peso no currículo do autor, reconhecendo a sua cientificidade. Experiência indescritível!! Agradeço imensamente à direção da Universidade de Coimbra, aos fiéis leitores e aos apoiadores que impulsionam a Ponto E, edição a edição.
Um pouco da Universidade de Coimbra
Ao assinar o “Scientiae thesaurus mirabilis”, D. Dinis, sexto rei de Portugal, criava a universidade mais antiga do país e uma das mais antigas do mundo. Datado de 1290, o documento dá origem ao Estudo Geral, que é reconhecido no mesmo ano pelo Papa Nicolau IV. Começa a funcionar em Lisboa, sendo transferida definitivamente para Coimbra em 1537, por ordem do Rei D. João III, após um período de migração entre estas duas cidades. O Paço Real da Alcáçova, mais tarde Paço das Escolas, é o conjunto arquitetônico que alberga o núcleo histórico da instituição. Estudar na Universidade de Coimbra é dar continuidade à história da matriz intelectual do país, que formou as mais destacadas personalidades da cultura, da ciência e da política nacional. Desde 2013 a instituição é Patrimônio Mundial da UNESCO.
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A Ponto E é um projeto desenvolvido com ética que já está no seu 16º ano. De publicação trimestral, prima pela qualidade e não pela quantidade, respeitando a língua portuguesa em sua perfeita grafia e concordância, adequando-se também à nova reforma ortográfica; exigência mínima dos fiéis leitores, formadores de opinião, que acreditam na competência dos profissionais que fazem este trabalho. É o esforço e seriedade de uma equipe que trabalha em prol do crescimento intelectual de cada cidadão rondoniense que passa a discernir com clareza quais são os profissionais competentes do nosso Estado.