A relação que se tem com o alimento e a forma de se alimentar é de suma importância e tem forte relação com o ganho de peso.
O processo digestivo é regulado pelo sistema nervoso parassimpático, muitas vezes chamado de sistema do “descanso e digestão”. Se o indivíduo não se alimenta em um ambiente adequado, calmo e tranquilo, essa digestão não ocorre de forma adequada, sobrecarregando assim o intestino, que tem que desempenhar o papel do estômago digerindo os alimentos que foram mal digeridos, desencadeando: constipação, gases, flatulência, distensão abdominal, deficiência na absorção dos nutrientes e ganho de peso.
O ambiente está o tempo todo colocando em risco a nossa decisão em fazer escolhas saudáveis.
Comer mais ou menos, fator-chave para o ganho de peso, também tem a ver com o ambiente. Ingere menos calorias quem come com atenção, devagar, em local tranquilo.
A distração — que hoje não é só da TV: tem celular, tablet, notebook — atrapalha o cérebro a entender quando é hora de parar de comer.
O problema da obesidade é bastante complexo, envolve o ato de comer, o ambiente, os padrões de consumo.
Em uma pesquisa perguntaram a mulheres americanas e francesas o que lhes vem à cabeça quando pensam em um bolo de chocolate... As primeiras responderam: “culpa, calorias, privação”. Esse tipo de conflito faz com que acabem comendo o bolo inteiro, o que colabora para o alto índice de obesidade nos Estados Unidos. Já as europeias disseram: “prazer, comemoração, satisfação”. É uma relação mais natural na qual um pedaço basta, gera saciedade, não há tortura.
Se antes a fome assustava o país, hoje o que preocupa é o excesso de peso. Nunca se falou tanto em nutrição e nunca se alimentou tão mal. O que mais mata o ser humano atualmente é a DESNUTRIÇÃO, não no sentido calórico, mas no sentido stricto sensu da palavra: de NUTRIENTES!!