O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte e de sequelas no Brasil, sendo que os coágulos de origem cardíaca são responsáveis por 20 a 30% de todos os AVC’s. Entre as causas cardiogênicas, a fibrilação atrial (FA) é a principal.
A fibrilação atrial é uma arritmia comum em nosso meio e leva a uma contração desorganizada dos átrios e formação de coágulos em seu interior, que podem desprender-se e chegar aos vasos cerebrais, causando o AVC.
Entre as causas dessa arritmia estão a hipertensão arterial, as valvopatias, senilidade, insuficiência cardíaca, distúrbios tireoidianos, consumo excessivo de álcool, apneia do sono, infecções, embolia pulmonar, drogas e medicamentos.
Entre os sintomas da fibrilação atrial estão as palpitações (sensação do coração bater acelerado), tonturas, cansaço/falta de ar e desconforto no peito. Porém, em muitos casos, ela é silenciosa, não manifestando nenhum sintoma, mas mantendo o mesmo risco de causar derrame.
O coágulo pode também ir para outros pontos do corpo, podendo provocar trombose nos olhos, rins, intestinos e extremidades.
O tratamento da fibrilação atrial pode ser através da reversão da arritmia para o ritmo normal do coração, com o uso de medicações ou cardioversão elétrica em alguns casos, mas principalmente através do controle da frequência cardíaca e do uso de anticoagulantes, que são medicamentos que “afinam” o sangue e evitam a formação dos coágulos.
Porém, o melhor é evitar a ocorrência da fibrilação atrial, tratando e evitando a ocorrência de patologias que possam causá-la, visitando seu médico regularmente e levando uma vida saudável.