O Instituto Nacional do Câncer registra, a cada ano, 135 mil novos casos e o câncer da pele responde por 25% de todos os diagnósticos de câncer no Brasil. A exposição excessiva ao sol é a principal causa da doença.
Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares. Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele.
A radiação ultravioleta é a principal responsável pelo desenvolvimento de tumores cutâneos, e a maioria dos casos está associada à exposição excessiva ao sol ou ao uso de câmaras de bronzeamento.
Apesar da incidência elevada, o câncer da pele não melanoma tem baixa letalidade e pode ser curado com facilidade se detectado precocemente.
Tipos de câncer da pele
Carcinoma basocelular (CBC)
É o mais comum dentre todos os tipos de câncer. Tem baixa mortalidade e pode ser curado em caso de detecção precoce.
Os CBCs surgem mais frequentemente em regiões mais expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas.
Os principais sinais e sintomas dos carcinomas basocelulares são:
■ Protuberância de cor rósea brilhante, avermelhada, branco perolado ou transparente.
■ Área avermelhada, em relevo ou irritada, que pode descascar ou coçar.
■ Lesão rósea com borda elevada e parte central encrostada.
■ Cicatriz com área branca, amarela ou cerosa, e bordas mal definidas.
■ Ferida aberta com sangramento, que permanece aberta durante várias semanas.
Carcinoma espinocelular (CEC)
É o segundo mais prevalente dentre todos os tipos de câncer. Pode se desenvolver em todas as partes do corpo, embora seja mais comum nas áreas expostas ao sol, como orelhas, rosto, couro cabeludo, pescoço etc.. A pele nessas regiões normalmente apresenta sinais de dano solar, como enrugamento, mudanças na pigmentação e perda de elasticidade.
O CEC é duas vezes mais frequente em homens do que em mulheres. Assim como outros tipos de câncer da pele, a exposição excessiva ao sol é a principal causa do CEC, mas não a única. Alguns casos da doença estão associados a feridas crônicas e cicatrizes na pele, uso de drogas antirrejeição de órgãos trans-plantados e exposição a certos agentes químicos ou à radiação.
Os principais sinais e sintomas dos carcinomas espinocelulares são:
Verruga em crescimento.
■ Mancha persistente, escamosa, vermelha, com bordas irregulares, que sangra facilmente.
■ Ferida aberta que persiste por semanas.
■ Lesão elevada com superfície áspera e uma depressão central.
Melanoma
Tipo menos frequente dentre todos os cânceres da pele, o melanoma tem o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade. Embora o diagnóstico de melanoma normalmente traga medo e apreensão aos pacientes, as chances de cura são de mais de 90%, quando há detecção precoce da doença.
O melanoma, em geral, tem a aparência de uma pinta ou de um sinal na pele, em tons acastanhados ou enegrecidos. Porém, quando se trata de melanoma, a “pinta” ou o “sinal” em geral mudam de cor, de formato ou de tamanho, e podem causar sangramento. Por isso, é importante observar a própria pele constantemente, e procurar imediatamente um dermatologista caso detecte qualquer lesão suspeita.
O melanoma pode surgir de diferentes maneiras e em qualquer parte do corpo, inclusive em áreas não expostas ao sol, por exemplo:
■ Uma nova mancha, de forma irregular, marrom escura com áreas mais escuras ou pretas.
■ Um sinal de nascença simples que muda de cor (escurecendo), tamanho (crescendo), ou textura (tornando-se endurecida), e descasca ou sangra.
■ Uma lesão com borda irregular com área ou pontos vermelhos, brancos, azuis, cinzas ou preto-azulados.
■ Uma nova protuberância brilhante, firme, em qualquer parte do corpo.
■ Manchas escuras sob as unhas de mãos ou pés, nas palmas das mãos, plantas dos pés, ou nas membranas mucosas.
A regra do ABCD
Em estágios iniciais, o melanoma se desenvolve apenas na camada mais superficial da pele, o que facilita a remoção cirúrgica e a cura do tumor. Nos estágios mais avançados, a lesão é mais profunda e espessa, o que aumenta a chance de metástase para outros órgãos e diminui as possibilidades de cura. Por isso, o diagnóstico precoce é fundamental. Casos de melanoma metastático, em geral, apresentam pior prognóstico e dispõem de um número reduzido de opções terapêuticas.
A hereditariedade desempenha um papel central no desenvolvimento do melanoma. Por isso, familiares de pacientes diagnosticados com a doença devem se submeter a exames preventivos regularmente. O risco aumenta quando há casos registrados em familiares de primeiro grau.
Tratamento
Todos os casos de câncer de pele devem ser diagnosticados e tratados precocemente. Felizmente há diversas opções terapêuticas para o tratamento do câncer da pele não-melanoma. A modalidade escolhida varia conforme o tipo e a extensão da doença, mas, normalmente, a maior parte dos carcinomas basocelulares ou espinocelulares pode ser tratada com procedimentos simples. Já no caso do melanoma, o tratamento varia conforme a extensão, agressividade e localização do tumor, bem como a idade e o estado geral de saúde do paciente.