A menopausa é considerada precoce quando ocorre antes dos 32 anos e quando a mulher fica um ano ou mais sem menstruar. Ela não é um distúrbio hormonal, mas sim a falência ovariana em uma mulher jovem e é essa condição que vai gerar uma alteração hormonal.
Essa falência ovariana prematura (FOP) é a perda temporária ou definitiva da função gonadal (de produzir hormônios) que acontece após a menarca (primeira menstruação) e antes dos 40 anos de idade. Ela é caracterizada pela diminuição da quantidade de óvulos e é exatamente essa condição que vai gerar alteração hormonal.
Não existe uma causa exata para o surgimento do problema, pois ela pode ocorrer por diversos fatores, como por exemplo, a hereditariedade. Mas isso não é uma regra. Existem outros fatores que podem antecipar a menopausa, como a remoção de ovários, alterações cromossômicas como a Síndrome do X-Frágil, a realização de tratamentos contra o câncer e o uso comumente de medicamentos indicados para mulheres que sofrem de algumas doenças autoimunes, como lúpus, inflamações na tireoide, diabetes ou infecções virais.
Alguns dos sintomas indicativos de menopausa precoce são: irregularidade menstrual, ondas de calor súbito, insônia, perda de memória, irritabilidade, fadiga excessiva e sudorese noturna.
Além dos sintomas típicos da menopausa, é preciso realizar alguns exames, como o de dosagem hormonal e ultrassom ovariano, além de exames de sangue para investigação da presença de anticorpos que acarretam danos às glândulas endócrinas. Além disso, para as mulheres com menos de 30 anos normalmente é realizada uma análise de cromossomos.
Após a confirmação do diagnóstico, normalmente o tratamento para engravidar ocorre através de reposição hormonal, pois essas mulheres apresentam muito mais riscos de desenvolver doenças cardíacas e osteoporose. Embora exista a reposição hormonal, cerca de 10% das mulheres com menopausa precoce são capazes de conceber, porém suas chances aumentam muito quando é realizada a implantação de óvulos de outra mulher em seu útero (ovo-doação), empregando as técnicas de fertilização in vitro.
Fonte: Huntington Medicina Reprodutiva