Dr. Ezequiel Cruz de Souza
- advogado OAB/RO 1280
- especialista em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho
- especialista em Direito Civil e Processo Civil
- ex-professor da Unir/Unesc/Farol
CRUZ ADVOCACIA
ezequiellcruz@yahoo.com.br
Cacoal-RO
indenizações trabalhistas
- a importância do treinamento em desenvolvimento humano
O despreparo dos gerentes ao lidar com os trabalhadores pode acarretar prejuízos para o empregador. Estive recentemente visitando uma das capitais de nosso país, e como também sou capitalista, resolvi fazer compras numa loja de Shopping Center. Experimentei o produto, saí para ver preços em outras lojas e voltei decidido a comprar. Novamente fui bem recebido pela vendedora, até notei que sorriu ao me ver voltar. Ela me entregou a peça desejada que ainda a experimentei pela última vez. Tudo pronto, fui ao caixa fazer o pagamento.
Foi então que presenciei uma cena bizarra entre a gerente e a vendedora. Displicentemente eu disse à gerente que o preço informado era menor que o apresentado para pagamento. Nesse momento, em minha presença, a gerente começou a ridicularizar a vendedora com comentários que, a meu ver, diminuíam-lhe a autoestima. Eu até intervim em defesa da vendedora, dizendo para a gerente que não era necessário tratá-la daquele modo, pois enganos acontecem. Mas, apesar do meu esforço, a gerente continuou ridicularizando a vendedora.
Percebi que a vendedora chorava, pois lágrimas desciam de seus olhos. Paguei o preço informado pela gerente, agradeci consolando a vendedora pelo atendimento e deixei a loja.
Esse episódio me fez refletir sobre a necessidade de qualificação profissional
dos profissionais que lidam diariamente com os empregados, com suas emoções, motivação e sentimentos. Atitudes como esta, ainda que ocorram por visível despreparo, não isentam o empregador da responsabilidade civil de indenizar o prejuízo à dignidade moral do empregado (art. 932, III do Código Civil). Investir na capacitação voltada para o desenvolvimento humano dos gerentes é essencial para evitar prejuízos de grande monta envolvendo indenizações trabalhistas.
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A Ponto E é um projeto desenvolvido com ética que já está no seu 16º ano. De publicação trimestral, prima pela qualidade e não pela quantidade, respeitando a língua portuguesa em sua perfeita grafia e concordância, adequando-se também à nova reforma ortográfica; exigência mínima dos fiéis leitores, formadores de opinião, que acreditam na competência dos profissionais que fazem este trabalho. É o esforço e seriedade de uma equipe que trabalha em prol do crescimento intelectual de cada cidadão rondoniense que passa a discernir com clareza quais são os profissionais competentes do nosso Estado.