Colaborador:
Dr. Gibran R. Feguri
- cirurgião cardiovascular
- CRM/MT 5003
- Hospital Amecor, São Matheus e Geral Universitário de Cuiabá
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Cardiopatias congênitas
- quando o bebê nasce com problemas no coração
Ainda pouco conhecidas pela população, as doenças cardíacas congênitas (de nascimento) ocorrem com uma frequência bastante considerável. Estima-se que 1 a cada 100 bebês ao ano nasça com alguma alteração cardíaca no Brasil, podendo ser assintomática por toda a vida ou até mesmo causar a morte do feto ainda no útero materno.
Sua ocorrência é maior em portadores de algumas síndromes, como a trissomia do 21 (síndrome de Down) e parentes de 1º grau de portadores de cardiopatias congênitas. A ingestão de algumas substâncias pela mãe durante a gestação, principalmente nas fases mais iniciais, também pode levar a mal-formações cardíacas. Por isso, é fundamental que na gestação, e durante sua programação, a mulher não faça uso de bebidas alcoólicas, cigarro, drogas ilícitas e medicações não prescritas pelo seu médico, mesmo analgésicos e anti-inflamatórios.
As doenças cardíacas congênitas podem ser diagnosticadas ainda durante a gravidez através do ultrassom morfológico ou, se indicado, através do ecocardiograma fetal, feito por cardiologistas especializados nessa técnica. Após o nascimento, o diagnóstico pode ser feito através do ecocardiograma, também feito por cardiologista, quando solicitado pelo pediatra frente uma suspeita de sopro cardíaco ou necessidade de rastreamento, como no caso da síndrome de Down e antecedente de casos em familiares próximos.
Como em todas as doenças, o diagnóstico precoce permite um tratamento mais eficaz, que pode ser apenas acompanhamento ou uso de medicações e até mesmo cirurgias cardíacas para correção dos defeitos presentes.
Fazer o pré-natal e o acompanhamento pediátrico correto da criança pode garantir um futuro saudável, inclusive de seu coração.
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