Pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) mostra que a maioria dos homens brasileiros (51%) não vai ao médico regularmente. Principal causa de morte por câncer em homens depois dos tumores de pulmão, o câncer de próstata não apresenta sintomas. Estes só aparecem quando o câncer está em estágio avançado e as chances de cura são menores.
A melhor prevenção é o diagnóstico precoce, que pode ser feito através da dosagem periódica de um exame de sangue (o antígeno prostático específico – PSA) e do exame de toque retal, que é um exame indolor, rápido e instantâneo realizado pelo urologista durante consulta. A avaliação deve ser feita a partir dos 50 anos. Se apresentar história familiar, a partir dos 45.
Nas fases iniciais, o câncer de próstata se apresenta silencioso, não causando nenhum sintoma específico. Com seu crescimento, podem surgir sintomas urinários obstrutivos, como diminuição do jato urinário, gotejamento após a micção, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, micção em dois tempos, retenção urinária; e/ou irritativos, como aumento da frequência urinária, urgência, incontinência, aumento da frequência urinária noturna.
Nos últimos anos, surgiram novas formas de se tratar o câncer de próstata. Ao avaliar o estágio da doença (localizado, localmente avançado ou avançado), a idade e as condições clínicas do paciente, é possível traçar um tratamento mais adequado. Naqueles com doença inicial, localizada na próstata, incluem-se como opções a vigilância ativa (apenas acompanhar a evolução do quadro), a cirurgia (prostatectomia radical, ou seja, a retirada da próstata) e a radioterapia (externa ou braquiterapia).
Nos casos de doença localmente avançada, cirurgia e a radioterapia são as opções objetivando a cura do paciente. E, mesmo nos casos de doença avançada, existe tratamento que tem intenção paliativa. Pode-se optar por terapia de ablação hormonal e quimioterapia, associadas ou não a procedimentos cirúrgicos, para aliviar o fluxo urinário e medicações para proteção óssea. Esses tratamentos, mais o adequado acompanhamento médico, aumentam substancialmente a sobrevida do paciente ao lado dos seus familiares e amigos.