Muitas vezes acreditamos que somos pessoas livres, no entanto, no fundo, somos dependentes. Há vários tipos de dependência e as mais comuns são drogas, fumo e álcool. Há entanto outras igualmente prejudiciais como o fanatismo, que através da religião inicia suas guerras santas; na política, onde o cidadão parece que usa um antolho que o impede de olhar para os lados e ver a realidade do país; no esporte, com suas brigas nos estádios e ruas. Mas acredito que a pior dependência que o homem pode chegar, sem sombra de dúvida, é através da avareza.
Precisamos ter em mente que uma coisa ou posse, só tem valor quando dela fazemos um bom uso. Veja esta fábula:
“Um avarento tinha enterrado seu pote de ouro num lugar secreto do seu jardim e todos os dias, antes de ir dormir, ele ia até aquele local, desenterrava o pote e contava cada moeda de ouro para ver se estava tudo lá. Ocorre que, de tanto repetir aquelas viagens ao mesmo ponto, um ladrão, que já o observava há bastante tempo, curioso para saber o que o avarento estava escondendo, veio na calada da noite e secretamente desenterrou o tesouro, levando-o consigo.
Quando o avarento descobriu sua grande perda, foi tomado de aflição e desespero. E caindo em prantos, ele gemia e chorava enquanto puxava os poucos cabelos que ainda lhe restavam, maltratados pela absoluta falta de cuidados. Alguém que passava pelo local, ao escutar seus lamentos, quis saber o que acontecera. “Meu ouro! Todo meu ouro...”, chorava inconsolável o avarento, “alguém o roubou de mim!”. “Seu ouro? Ele estava nesse buraco? Por que você o colocou aí? Por que não o deixou num lugar seguro, como dentro de casa, onde poderia mais facilmente pegá-lo quando precisasse comprar alguma coisa?”. “Comprar?”, exclamou furioso o avarento. “Você não sabe o que diz... Ora, eu jamais usaria aquele ouro.
Nunca pensei em gastar dele uma peça sequer...”. Então, o estranho pegou uma grande pedra e jogou dentro do buraco vazio. “Se é esse o caso,” ele disse, “enterre então essa pedra. Ela terá o mesmo valor que tinha para você o tesouro que perdeu...”.
Portanto, meu amigo, precisamos entender que, para ser livre é importante sabermos o que fazer com ele. Do contrário, o mais apreciado tesouro pode transformar-se em pesado fardo. Lembre-se que as coisas mudam quando você muda a maneira de pensar. Mude a sua maneira de ser e seja feliz!