Dr. Ezequiel Cruz de Souza
- advogado OAB/RO 1280
- Mestre em Direito
- doutorando em Direitos Humanos
- especialista em Direito do
Trabalho e Processo do Trabalho
- especialista em Direito Civil e
Processo Civil
- ex-professor da Unir/Unesc/Farol
CRUZ ADVOCACIA
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Cacoal-RO
A mão de obra está difícil
- o brasileiro não quer mais trabalhar!
Há quem queira ver a situação apenas pelo ângulo da preguiça dos possíveis candidatos às vagas de emprego. Entretanto, o mundo muda, e suas mudanças criam novas maneiras de trabalho.
Há milhares de anos, na Revolução Neolítica ou Agrícola, as primeiras sociedades deixaram de trabalhar como caçadores-coletores para trabalharem na domesticação de plantas e animais. Já, há aproximadamente 260 anos atrás, a Revolução Industrial retirou muitos trabalhadores do campo e os empregou nas indústrias. O trabalho empregado no seu auge oferecia carreiras estáveis e vários direitos.
Porém, desde os anos 1970, a Revolução Tecnológica fez minguar os postos de serviço no campo com a mecanização das lavouras. Presenciamos a automação dos postos de trabalho na indústria e no setor de serviços. O trabalho empregado na sociedade pós-industrial é flexibilizado, terceirizado, pejotizado, intermitente, de jornada parcial, informal, e caracterizado por tantas outras formas de "precarização", ou seja, é um trabalho incerto e instável, e por isso deixou de ser prioridade para ascender socialmente.
A Revolução Tecnológica, alavancada pela "onda do empreendedorismo", fez ascender nos indivíduos em idade produtiva o "espírito empreendedor". Se difundiu nas grandes massas o que o filósofo francês Michel Foucault chamou de "empresário de si", é um misto de empoderamento social voltado ao empreendedorismo, e que cria um status social diferenciado para o indivíduo que empreende e que se torna um empresário, ao mesmo tempo que alimenta a ideia de empresas sem empregados, mas, com parceiros ou colaboradores.
Talvez isso explique a sensação de que a mão de obra está difícil e que o brasileiro não quer mais trabalhar. Pode ser que, como você, boa parte dos que desejavam empregos hoje corram atrás do sonho do empreendedorismo e prefiram trabalhar para si próprios.
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