É uma inflamação da cavidade oral (boca), provocada por vírus, e que se caracteriza pelo aparecimento de aftas, acompanhadas de dor, febre e muito desconforto. Não é a toa que as crianças ficam irritadas e com dificuldade de se alimentar. A má notícia é que o problema é bastante comum em idade escolar e, para desespero dos pais, não há muito a fazer, a não ser aliviar o incômodo.
Normalmente, o vírus responsável é o da herpes simples (HSV-1). Em menor incidência, os da família Coxsackie também podem causar estomatites. Ambos se aproveitam de momentos de baixa imunidade, provocados por uma gripe, por exemplo, para entrar em ação.
Primeiro, a gengiva fica avermelhada e surgem pequenas erupções arredondadas. No dia seguinte, aparecem bolhas que se rompem, dando origem a pequenas úlceras, semelhantes a aftas redondas. Elas se espalham por toda a boca. Os demais sintomas são febre alta e outros decorrentes da dor, como irritabilidade, falta de apetite e dor de cabeça. Em geral, isso dura de 10 a 15 dias, mas o período mais crítico é entre o terceiro e o sétimo dia.
Normalmente estão relacionadas a gripes e resfriados que tornam o sistema imunológico mais vulnerável. Além disso, a circulação em ambientes fechados facilita a transmissão dos vírus, pela saliva contaminada ou contato com as lesões. A doença é mais comum na primeira infância e pode ocorrer a partir dos 6 meses, quando o bebê para de receber anticorpos da mãe pelo leite materno. A maior incidência se concentra entre 2 e 5 anos, período em que as crianças normalmente já vão à escola e vivem em contato próximo com os colegas.
Não há providências totalmente eficazes. Lavar as mãos é sempre bom para evitar vários tipos de contaminação. Outra dica é manter os objetos levados à boca sempre higienizados, com sabão ou detergente e nada de dividir talheres com os amigos. Prefira brinquedos de plástico, mais fáceis de limpar do que os de madeira, deixando-os imersos em uma solução de hipoclorito de sódio, e enxaguando bem depois.