Aterosclerose é uma doença inflamatória crônica de origem multifatorial que ocorre por deposição de colesterol na camada íntima das artérias de médio e grande calibre em resposta à agressão endotelial.
Dislipidemias são doenças que caracterizam-se pela elevação do colesterol e/ou triglicerídeos no sangue. Na última diretriz das dislipidemias da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia) considera-se os seguintes valores com base na fração LDL do colesterol (colesterol ruim): abaixo de 100 é o ideal, de 100 a 130, normal, 130 a 160, limítrofe, 160 a 190, alto, e maior que 190, muito alto. No entanto, isso é relativo e depende do paciente avaliando o seu risco cardiovascular.
Paciente de risco cardiovascular alto, o LDL deve ser menor que 70, de risco cardiovascular médio, deve ser menor que 100, e de risco cardiovascular baixo, deve ser individualizado. O médico que atua na cardiologia deve usar essas metas.
Para avaliar o risco dos pacientes, primeiro devemos identificar os de alto risco de eventos coronarianos, que são: pacientes com doença arterial manifesta, obstrução arterial detectada por exames, diabético mellitus tipo I e II, doença renal crônica ou hipercolesterolemia familiar.
Os que não se enquadram no alto risco devem ser avaliados pelo escore global de risco que avalia o paciente por variáveis como idade, sexo, tabagismo, diabete mellitus, colesterol (HDL e total) e pressão arterial. Desta avaliação teremos pacientes de baixo, médio e alto risco.
O tratamento da dislipidemia consta de medidas não medicamentosas, como dieta pobre em gorduras, e dependendo do valor do LDL, HDL e triglicerídeo e do risco do paciente, uso de medicações. Para o colesterol temos atorvastatina, piatavastatina, rousovastatina ou sinvastatina, e para triglicerídeos, os fibratos.