A principal diferença entre a cirurgia com endoscópio e a cirurgia convencional é que na endoscopia o cirurgião consegue enxergar através de uma câmera acoplada ao sistema e pode “olhar” para qualquer direção a partir do canal de trabalho, com toda a nitidez de um monitor Full-HD (alta qualidade) e com a luminosidade ideal controlada através de um foco de luz também acoplado ao sistema. Portanto, o uso do endoscópio está indicado na hérnia de disco, estenose de canal vertebral e estenose de forame intervertebral.
A endoscopia é, portanto, uma técnica de mínima invasão e mínima agressividade, que permite visualizar o local exato da doença com um grande aumento através de monitores de alta definição (Full-HD).
Comparando com uma cirurgia clássica de hérnia de disco, as principais vantagens do uso do endoscópio são:
• realizado com anestesia local e sedação, não necessita de anestesia geral como a cirurgia tradicional;
• não há limite de idade ou de condição física para ser operado; na cirurgia tradicional, por ser necessária a anestesia geral, muitos pacientes com outras doenças não podem ser operados;
• incisão menor na pele;
• separação das fibras musculares ao invés de descolamento do músculo do osso;
• procedimento mais rápido;
• sangramento mínimo;
• menos dor pós-operatória, recuperação mais rápida;
• o procedimento é rápido e o paciente vai embora no mesmo dia da cirurgia;
• retorno mais rápido ao trabalho;
• baixa taxa de infecção;
Durante o procedimento, geralmente é utilizado um aparelho de Laser ou de Radiofrequência, portanto muitos conhecem este procedimento como “cirurgia de hérnia de disco a laser”.
A endoscopia para cirurgia da coluna não é apenas um procedimento, mas sim uma técnica cirúrgica que além das inúmeras vantagens, constitui uma maneira revolucionária de tratar o problema.
Referências:
Schmidek. Operative Neurosurgical Techniques. Saunders Lewandrowski KU, Lee SH, Iprenburg M. Endoscopic Spinal Surgery. JP. Khoo LT, Fessler RG. Microendoscopic Decompressive Laminotomy for the treatment of Lumbar Stenosis. Neurosurgery 2002.