A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns medicamentos, álcool ou drogas, assim como doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas.
Nem sempre a doença apresenta sintomas. Daí os cuidados que devem ser tomados durante toda a vida através da realização de exames específicos.
No caso das hepatites virais, que são o objeto da campanha “Julho Amarelo”, elas são causadas por vírus que são classificados pelas letras A, B, C, D e E.
As hepatites podem ser transmitidas por várias vias, como fecal-oral, pela relação sexual, pelo contato com sangue contraminado, etc.
As hepatites não curadas, como as hepatites B e C (hoje a hepatite C tem cura) agridem o fígado continuamente levando à fibrose (endurecimento do mesmo), para culminar com a cirrose, que além da sua própria gravidade, pode levar ao câncer do fígado.
Esta fibrose pode ser graduada de algumas maneiras. A mais comum é a escala de METAVIR que vai de F0 (fígado normal) até F4 (fígado cirrótico). O exame “padrão ouro” para diagnosticar em que estágio de agressão o fígado se encontra é a biópsia hepática (exame de um fragmento do fígado). Contudo, por ser um procedimento invasivo, pode apresentar algumas complicações, às vezes muito sérias, além do seu custo alto.
Hoje existe um método não invasivo, indolor e de ótima aceitação pelo paciente. Este método é a Elastografia Hepática, que é realizado por meio de um exame de ultrassom. Existem alguns tipos de elastrografia, porém o mais usado é a Point Shear wave ou, mais recentemente, a 2D-Shear wave. Estes exames conseguem afirmar (substituindo a biópsia) em que estágio de agressão encontra-se o fígado acometido por uma hepatite. É fácil, rápido e indolor.
Apesar do “Julho Amarelo”, a prevenção tem que ser durante todos os meses do ano e todos os anos.