Para ter uma ideia da dimensão deste sintoma, dados da SBCE (Sociedade Brasileira de Cefaleia) apontam que entre cem pessoas atendidas por médicos no Brasil, vinte são por conta de queixas relacionadas às dores de cabeça. Esses dados evidenciam o quanto a cefaleia pode alterar o dia a dia de quem passa por este problema. As técnicas osteopáticas e a visão biológica são duas aliadas para você entender como seu sistema funciona e por que as sobrecargas desequilibram seu organismo através das alterações estruturais, nutricionais e emocionais.
O diagnóstico é baseado no histórico clínico do paciente, investigando o tipo de cefaleia e suas possíveis causas. Por meio de uma entrevista ampla e objetiva é feita a avaliação física identificando assim quais tecidos estão desencadeando os sintomas e quais os sistemas corporais envolvidos (estrutural, postural, visceral ou craniano).
O corpo humano é repleto de movimentos sincronizados e esses ritmos são fundamentais para o bom funcionamento do organismo. Sentir, avaliar, e interagir com todos esses ritmos por meio de toque no lugar correto e de forma precisa, permitindo ao corpo uma chance de se autorregular, é o papel principal do osteopata corrigindo assim as disfunções que impedem o processo de autocura.
A osteopatia tem como objetivo promover a diminuição das tensões dos tendões, ligamentos, músculos, nervos, do sistema linfático, das fáscias, liberando os bloqueios articulares, melhorando assim todo o fluxo dos fluidos corporais (venoso, arterial, linfático e neural) para o corpo, promovendo uma melhor oxigenação cerebral.
As cefaleias podem ser desencadeadas por diversos motivos; alto nível de estresse, ansiedades, depressões, etc; pois leva ao aumento das tensões musculares e faciais, levando à diminuição da oxigenação cerebral, tendo a nova medicina germânica papel importante nas orientações verbais.
O sistema visceral (estômago, intestino, fígado, vesícula e pâncreas) também pode desencadear as cefaleias em decorrência de um mau funcionamento dos sistemas. Uma dieta repleta de substâncias tóxicas ao organismo desregula o bom funcionamento, aumentado a acidez, os gases, alterando o PH, diminuindo a mobilidade e a motilidade visceral, alterando assim a resposta do sistema autônomo para o cérebro através do nervo vago.
Vago é o nervo mais longo do corpo, o X par de nervo craniano. Ele percorre do cérebro até o abdômen. Tanto traz informação do cérebro ao abdômen quanto leva de volta. Portanto, ele é sensitivo e motor. Desta forma, se o sistema estiver descompensado, ele levará a resposta descoordenada, causando espasmos musculares na base do crânio e diminuição da oxigenação cerebral.
Dores na cervical alta estão entre um dos principais motivos das cefaleias. Dor ao realizar o movimento de rotação da cabeça é um indicativo do seu envolvimento. Ela é formada pelo occipital, atlas e áxis e possui características anatômicas e fisiológicas distintas do restante da coluna cervical, formando uma área de transição importante entre a raqui e o crânio, de modo que a sua motricidade e o seu controle neuronal estão muito relacionados com várias funções cranianas, ficando evidente a importância clínica desta região. Portanto, dor de cabeça nesta área está intimamente ligada com a falta de oxigenação cerebral, tendo esta região papel importante no controle da vascularização do encéfalo, pois é entre os músculos suboccipitais e a membrana atlanto-occipital que temos a passagem das artérias vertebrais, podendo levar não apenas a disfunções estruturais, mas também a algumas alterações vegetativas como distúrbio de visão, equilíbrio, tonturas, vertigens e digestivas, etc.
Espasmos musculares ou encurtamentos dessas membranas podem causar limitações de movimento, bloqueando vértebras e causando déficit vascular para os tecidos intracranianos, levando às cefaleias.