O ovo é um alimento rico em proteínas de alta valor biológico; vitaminas do complexo B, A, E, K, minerais como ferro, fósforo, selênio e zinco, caratenoides e colina.
É o segundo alimento mais relacionado a alergias, precedido apenas pelo leite de vaca.
Geralmente, alergia ao ovo inicia no primeiro ano de vida. A alergia ao ovo se apresenta com sintomas imediatos, como urticária, angioedema, diarreia, vômitos e sintomas respiratórios que ocorrem até 2 horas após o contato ou ingestão do alimento. Mas podem ocorrer sintomas tardios também.
Necessário lembrar que testes alérgicos positivos (sensibilização) não se traduzem sempre em alergia e não devem estabelecer um diagnóstico de alergia se não houver sintomas com a ingestão/contato.
O diagnóstico preciso é fundamental para estabelecer a terapia nutricional adequada. O tratamento da alergia ao ovo consiste em exclusão do alérgeno (ovo) da dieta do paciente e inserir dietas de substituição nutricionalmente adequadas. A terapia com Baked para o ovo poderá ser aplicada para alguns pacientes.
Os pacientes com alergia ao ovo podem receber a vacina Tríplice Viral (sarampo, caxumba, rubéola e vacina contra influenza. Ela é cultivada em fibroblastos de embrião de galinha, mas possui pouca quantidade de proteína do ovo, sempre com orientação do médico pediatra ou alergista. A Sociedade Brasileira de Alergia e Imunologia orienta administração da dose total em ambiente apropriado para socorro de possível anafilaxia. A vacina contra febre amarela pode causar reações em alérgicos ao ovo e sua aplicação deverá ser acompanhada por especialistas capacitados.
Lembrando que, em relação à introdução de alimentação complementar nas crianças em geral, não deve ser postergada. A introdução tardia dos alimentos (além dos 6 meses) não evidencia que diminua a prevalência de doenças alérgicas.
Oriento que os pacientes com história de alergia alimentar devem acompanhar sua evolução com profissional capacitado para o seu diagnóstico.