É uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. É transmitida por meio de relação sexual (vaginal, anal e oral) desprotegida com uma pessoa infectada, ou ainda pode ser transmitida para a criança durante a gestação ou o parto.
Uma epidemia silenciosa de sífilis avança no Brasil, e o mais preocupante é que grande parte dos infectados não sabe que está transmitindo a doença para outras pessoas. Mais de 430 casos de sífilis foram notificados em Rondônia só este ano, segundo dados da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa).
Segundo o Ministério da Saúde ela pode se apresentar das mais variadas formas clínicas e é classificada em diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária). Os principais sinais e sintomas de cada estágio são:
SÍFILIS PRIMÁRIA
Úlcera (cancro duro), geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca ou outros locais). Não dói, não coça, não arde e não tem pus. Podem surgir ínguas na virilha. Aparece entre 10 e 90 dias (média 21 dias) após o contágio. Pode durar entre 2 e 6 semanas e desaparecer de forma espontânea, independentemente de tratamento.
SÍFILIS SECUNDÁRIA
Manchas no corpo, principalmente na palma das mãos e planta dos pés, são as mais comuns. Surgem entre 6 semanas e 6 meses após aparecimento da úlcera inicial. Desaparecem de forma espontânea em poucas semanas, mesmo a pessoa ainda tendo a infecção.
SÍFILIS LATENTE
Não aparecem sinais ou sintomas, sendo o diagnóstico realizado por testes imunológicos. É dividida em sífilis latente recente (menos de 2 anos de infecção) e sífilis latente tardia (mais de 2 anos de infecção).
SÍFILIS TERCIÁRIA
Geralmente apresenta lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte. Podem surgir décadas após o início da infecção.
SÍFILIS CONGÊNITA
É uma doença que pode ser transmitida para a criança durante o período de gestação e parto (transmissão vertical). Existe um amplo espectro de gravidade, que varia desde a infecção não aparente no nascimento aos casos mais graves, com sequelas permanentes ou abortamento e óbito fetal, com mortalidade em torno de 40% nas crianças infectadas.
Se a gestante receber tratamento adequado e precoce durante a gestação, o risco de desfechos desfavoráveis à criança é mínimo. O diagnóstico, o tratamento e o seguimento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal contribuem para a prevenção da sífilis congênita.